Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Da inspiração
O que nos inspira para escrever, ou para criar em geral? Pode ser qualquer coisa, na verdade. Mas tenho para mim que o Homem mais feliz do mundo, ou o Homem sempre feliz, não precisa nem sente necessidade de escrever ou criar. A inquietação ou até sentimentos mais negativos são grandes impulsionadores criativos, disso não tenho qualquer dúvida. Na verdade, não é de crer que os livros mais marcantes venham de mentes despreocupadamente felizes. Será que esses sentimentos negativos empurram quem os sente para uma necessidade de expressão que assim se realiza? Se as situações depressivas têm como uma das suas características a fixação em determinadas ideias como se explica então este suposto efeito? Haverá um nível óptimo de sentimentos negativos para optimização da actividade criativa?
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