Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os portugueses e as suas casas

A primeira referência a este estudo vi-a no blogue www.ovelhaflorguerreira.pt e achei-o tão curioso que não resisti a comentá-lo também... passe a falta de originalidade.
Os aspectos mais interessantes são, a meu ver, a percepção dos porquês de alguns hábitos, sentir que alguns deles começam a estar, ou estão definitivamente, ultrapassados, e também alguma falta de lógica na opção por aluns hábitos "estrangeiros" apenas porque podem representar uma imagem de inovação(?), quando claramente algumas opções nacionais têm a ver com uma cultura adaptada ao clima, por exemplo. O exemplo aqui mais flagrante é a questão das cortinas. Sim, é agradável ter uma vista desafogada, por um lado. Não, a mim não me importa rigorosamente nada que olhem para dentro da minha casa (embora paradoxalmente seja o Han Solo que mais detesta cortinas e já ele não gosta da possibilidade de estar a ser observado). Mas efectivamente se no norte da Europa faz sentido aproveitar a luz ao máximo, pela sua escassez, já aqui tem que haver estratégias de nos protegermos do calor e da incidência do sol. E, definitivamente, janelas escancaradas não são a melhor opção - nem ambiental nem economicamente pensando - nem ter ares condicionados ligados a todo o gás.
Outros hábitos:
-panelas de pressão - tenho, mas sendo o Han Solo o cozinheiro designado, na minha actividade culinária uso quase exclusivamente as panelas vulgares. As ementas também raramente passam por dar vantagem às de pressão.
-bidés - sempre os achei inúteis - se me quero lavar tomo duche, mesmo se forem só algumas partes a banheira serve muito bem.
-marquises - sempre detestei, tanto o efeito estético exterior como a própria funcionalidade. São (quase) sempre termicamente um inferno (quente e frio e húmido). É bom ter um espaço para arejar e definitivamente gosto de secar a roupa na rua. Sobre isso, se os nórdicos lavam a roupa na casa de banho também está relacionado com o facto de (aposto) a secarem quase exclusivamente na máquina. Aqui estende-se a roupa (não entendo mesmo este hábito de deixar de haver estendais) e portanto é necessária uma janela próxima com condições para isso, que não se costumam encontrar nas casa de banho.
-televisão - temos só uma. Sim, está frequentemente ligada, 90% das vezes pelos miúdos. Sim, está ligada durante as refeições mas isso nunca nos impediu de estarmos sempre a conversar ao longo das mesmas. Eu preferia tê-la desligada, mas enfim... E tomamos todas as refeições na sala, porque na cozinha não há espaço e porque é na sala que o Han Solo gosta de comer. Quando estou sozinha eu própria às vezes como na cozinha. Mas sou a única a fazê-lo.
-arrumação - não sou obcecada e a arrumação da minha casa deixa um bocado a desejar, mas a organização do essencial é plenamente controlada (e planeada), como não poderia deixar de se numa família com 5 pessoas. Sim, são necessários armários e móveis para lá enfiar as coisas - onde havíamos de as pôr? E não sou das que guarda tudo. Se não tem utilidade vai fora ou é dado.
-fazer as camas - do mais prático que há; também não entalo nada, ou praticamente nada. Mas os lençóis são úteis porque são muito mais práticos de lavar que as capas de edredons, já para não falar dos próprios edredons - e onde há crianças há ranhos e outros líquidos a sujar tudo quanto contactam.
-Ah, e adoro escritórios, com livros até ao tecto. Com objectos como globos ou mapas, secretárias... Infelizmente tive que abdicar do meu, pois mais um quarto era necessário. Mas tenho saudades dele.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

E quando...

...estamos por motivos vários em fase em que não conseguimos parar, nem pára a cabeça nem o corpo, a pensar e fazer uma miríade de coisas ao mesmo tempo e apesar disso quase não evitamos andar quase aos pulinhos porque o corpo e mente estão com uma energia a transbordar que não sabemos bem de onde vem...? Também há quem parilhe destes ataques de pseudo-hiper-actividade ou estou só no mundo?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

E o prémio para o local com maior densidade populacional vai...

... para a banheira cá de casa quando eles estão in the mood de tomarem banho todos juntos. E mai, se para isso contasse volume corporal, não pára de aumentar, que estes rapazes estão a ficar uns matulões que qualquer dia me carregam ao colo...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Momentos XXX

Eu-Que desenho de dinossauro tão giro! Quem fez?
Futebolista: -Eu não fui!
Flaminga: (Sem jeito para mentir) -Eu não sei.
Eu: -Se calhar foi o ursinho...
Ursinho:-Mas eu não sei desenhar dinossauros...

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Novo mês, nova vida

Novo mês, nova vida, perspectivas diferentes que se vão abrir. Independentemente das incógnitas inevitáveis eu gosto disso, da novidade que se vai abrir e do certo nível de incerteza que representa. Vamos a isto.

Como habitualmente, o fim de semana começou acelerado, saltando da cama quase à mesma hora dos dias de semana, pôr o futebolista na natação às 9 da matina, aproveitar para rever um artigo (quase-quase atrasado) que me tinham pedido, voltar para casa, dar banho aos dois mais novos e vesti-los, umas arrumações pelo caminho, ida à biblioteca para trazer livros e cds, almoço, flaminga prestes a sair para uma festa...

E posto tudo isto, eu que até nem sou bicho de muito dormir, muito menos durante o dia, só tenho uma coisa a dizer: estou com uma soneira que nem posso...