Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Regresso atribulado ou expresso perdido a 30 km de Lisboa
Ainda a viagem de camioneta...! Após 6 horas de viagem e com o rabo já um bocado quadrado, ao mesmo tempo que tentava alhear-me do filme completamente estupidificante (mesmo...) que dava na camioneta (autocarro!), e ainda para mais o pobre veículo a ser fustigado com toda a fúria dos elementos (ele era chuva, ele era vento, nevoeiro) é insistentemente anunciado pela rádio que a A1 estava cortada devido a um acidente. Os condutores, de um optimismo nunca visto, depois de ligarem para a "central" e ser-lhes dito: Dá para passar!, continuavam alegremente na mesma A1, de encontro à boca do lobo. Felizmente que a polícia estava a obrigar a sair para a estrada nacional, a poucas dezenas de km de Lisboa, pois efectivamente a A1 estava mesmo cortada. Aí começa a verdadeira aventura. Todos os acessos principais estavam aparentemente vedados a pesados, pelo que passado pouco tempo eis um expresso em pleno século XXI completamente perdido, a pouco mais de 30 km de Lisboa, por estraditas terciárias que mal davam para cruzar com outros veículos. Um expresso e mais outros tantos pesados, é claro, que a cada cruzamento paravam, hesitavam e escolhiam à sorte! Houve ainda a preciosa ajuda da polícia que nos mandou por caminhos errados. Às tantas éramos, nós passageiros, todos navegadores por estradas nunca dantes circuladas, muitos a mandar palpites, outros a oferecerem generosamente ajuda com os seus GPSs, mas que também não tinham indicação do percurso para os pesados. Da minha garganta saíram também palpites e sugestões e segurava com esforço uma louca vontade de rir, ora dos comentários dos passageiros conformados, ora dos motoristas "Vamos para sul, vamos bem!", ora dos passageiros revoltados "Nunca mais viajo nesta companhia e desta vez vou mesmo fazer uma reclamação..." Após muitas voltas e recuos lá se chegou à nacional e por fim à entrada seguinte da auto-estrada, desta vez seguramente em direcção a Lisboa. Hilariante no mínimo, somatório 7,5 h de viagem.
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