Umas palavras são devidas à flaminga no final deste 1º ano do 1º ciclo de escolaridade.
No seu estilo discreto revelou-se muito aplicada e independente.
Parabéns flaminga!
Para o próximo ano (lectivo) há mais ;)
Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
sábado, 27 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
Primeiro dia de verão
Dias longos, noites quentes, cheiro a maresia e a sardinha assada, o sol inclemente a bater na pele, a roupa prática e reduzida, a água fresca a acalmar o corpo, o arrepio da água fria, o alívio do ar condicionado, a insónia das noites quentes, as estradas desafogadas para Lisboa, o dolce fare niente dos miúdos, a roupa que seca num sopro, o cheiro do protetor solar, a fruta fresca e variada, e tanto que poderia mais dizer.
Bem-vindo verão. Tive muitas saudades.
Bem-vindo verão. Tive muitas saudades.
sábado, 20 de junho de 2015
Palavras "imperfeitas"
Não sei se existe nome para isto, mas existem uma série de palavras que, ou por ter achado que se diziam e escreviam de outra forma, ou por outro motivo misterioso, me soam mesmo muito mal.
Por exemplo, Leça do Balio. Acho que durante anos e anos achei que se escrevia Leça do Bailio. Então, cada vez que ouço esse nome parece que falta sempre o i...
Outra: cônjuge. Durante muito tempo também achei que o termo era "conjugue". Também me soa sempre muito estranha, e aqueles dois "j's" seguidos parecem muito artificiais...
Está pancada será só minha?
Por exemplo, Leça do Balio. Acho que durante anos e anos achei que se escrevia Leça do Bailio. Então, cada vez que ouço esse nome parece que falta sempre o i...
Outra: cônjuge. Durante muito tempo também achei que o termo era "conjugue". Também me soa sempre muito estranha, e aqueles dois "j's" seguidos parecem muito artificiais...
Está pancada será só minha?
Todos diferentes, todos iguais
Flaminga nas suas sete quintas: piscina de manhã, das aulas de natação; e piscina à tarde, em casa da tia - a felicidade passa por estar dentro de água.
Futebolista vai também de manhã e está na piscina uns bocados mas depois chateia-se e sai para jogar à bola.
O ursinho vai ao colo do pai para dentro da piscina apenas por breves instantes, pois a água não é "a sua cena".
Futebolista vai também de manhã e está na piscina uns bocados mas depois chateia-se e sai para jogar à bola.
O ursinho vai ao colo do pai para dentro da piscina apenas por breves instantes, pois a água não é "a sua cena".
quarta-feira, 17 de junho de 2015
De pequenino...
O futebolista terminou o 4º ano. Tem uma série de características em comum comigo: não será particularmente simpático se não estiver para aí virado; é refilão (às vezes irritantemente refilão); não tem jeito para mentir nem para engraxar; pode ser de uma sinceridade pouco cortês; é muito amigo do seu amigo; é reservado nas suas afeições; é "aquilo que está ali".
De modo que ter sido ele que obteve uma classificação que se esperava mais por parte de outros alunos, mais consensuais, terá baralhado um pouco a "ordem natural das coisas".
Entristece-me um pouco isso. Ainda é muito cedo. Mas, como diria o Cristiano Ronaldo, ele "deu a resposta em campo".
De modo que ter sido ele que obteve uma classificação que se esperava mais por parte de outros alunos, mais consensuais, terá baralhado um pouco a "ordem natural das coisas".
Entristece-me um pouco isso. Ainda é muito cedo. Mas, como diria o Cristiano Ronaldo, ele "deu a resposta em campo".
domingo, 14 de junho de 2015
Um pequeno grande passo da flaminga
Flaminga:- O que é que eu hei-de fazer?
Eu (fingindo-me desinteressada e mal desviando os olhos da minha "História do cerco de Lisboa"):-Porque é que não vais buscar um livro, como a mãe?
Flaminga:-Ok!
Passadas umas horas veio dizer-me que queria passar a ler sozinha o livro na cama à noite.
(Mais uma) missão cumprida!!
Eu (fingindo-me desinteressada e mal desviando os olhos da minha "História do cerco de Lisboa"):-Porque é que não vais buscar um livro, como a mãe?
Flaminga:-Ok!
Passadas umas horas veio dizer-me que queria passar a ler sozinha o livro na cama à noite.
(Mais uma) missão cumprida!!
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Fim do 1º ciclo
Foi um dia cheio de acontecimentos: passeio de final de ano para o futebolista e a flaminga; e a gala de finalistas para o futebolista.
Estou sempre a repetir que não sou muito pessoa de efemérides e tanto que não sou que esqueci ou não li que haveria sessão fotográfica à chegada, de modo que em contraste com a maioria dos presentes, bastante elegantes, nós estávamos bastante maltrapilhos. A flaminga estava inclusive com a roupa que tinha levado ao passeio ainda, o tipo de roupa que vem num estado indescritível...
Para o ano o futebolista irá para o 5º ano. A incansável associação de pais (a quem tiro o meu chapéu pela intensa e útil atividade) resolveu brindar os finalistas da escola com uma grande festança, para a qual estavam todos em enorme excitação e à qual compareceram com todo o entusiasmo.
Não me comove a passagem do tempo nem o pensamento de que ele já terminou a primária. Correu tudo bem, teve aproveitamento, é saudável e tem muitos amigos, o que mais posso desejar? Apenas que assim continue.
Se alguma coisa me tocou mais fundo foi precisamente a parte dos amigos. Unidos, felizes, tudo isto em clima de grande companheirismo. Such a perfect day...
Estou sempre a repetir que não sou muito pessoa de efemérides e tanto que não sou que esqueci ou não li que haveria sessão fotográfica à chegada, de modo que em contraste com a maioria dos presentes, bastante elegantes, nós estávamos bastante maltrapilhos. A flaminga estava inclusive com a roupa que tinha levado ao passeio ainda, o tipo de roupa que vem num estado indescritível...
Para o ano o futebolista irá para o 5º ano. A incansável associação de pais (a quem tiro o meu chapéu pela intensa e útil atividade) resolveu brindar os finalistas da escola com uma grande festança, para a qual estavam todos em enorme excitação e à qual compareceram com todo o entusiasmo.
Não me comove a passagem do tempo nem o pensamento de que ele já terminou a primária. Correu tudo bem, teve aproveitamento, é saudável e tem muitos amigos, o que mais posso desejar? Apenas que assim continue.
Se alguma coisa me tocou mais fundo foi precisamente a parte dos amigos. Unidos, felizes, tudo isto em clima de grande companheirismo. Such a perfect day...
Des(acordo) I
Bem sei que já se escreveram rios de tinta sobre este assunto, e que ainda continuarão a escrever-se.
Eu não concordo também com este acordo ortográfico.
Logo em primeira mão tenho (temos) a resistência compreensível (para mim e para a grande maioria, creio), de assimilar mudanças de algo que fazemos há anos ou décadas (pensando em pessoas vivas, claro). E não é só a questão da memorização. A incoerência entre a escrita de palavras com a mesma génese confunde mesmo, não só a forma de escrever mas também de ler.
E depois, entre os motivos mais irracionais, como eu gosto de escrever todos aqueles c's e p's mudos (e parece que, desde que foram banidos, ainda gosto mais). Acho que dão imensa graça à nossa língua. Manias, talvez, mas assim é...
Posto isto, por motivos profissionais tive mesmo que adoptar o novo acordo sempre que eram produzidos documentos para o Estado. Mas numa fase inicial, apenas nessa ocasião. Com a preciosa ajuda (ainda que incompleta) dos corretores ortográficos.
Numa segunda fase, foi com convicção que decidi querer aprender este novo acordo, por causa da escolaridade dos miúdos. Há anos já que se ensina a ler segundo o novo acordo. Estas crianças e jovens conheceram sempre a jiboia e o Egito.
Eu não concordo também com este acordo ortográfico.
Logo em primeira mão tenho (temos) a resistência compreensível (para mim e para a grande maioria, creio), de assimilar mudanças de algo que fazemos há anos ou décadas (pensando em pessoas vivas, claro). E não é só a questão da memorização. A incoerência entre a escrita de palavras com a mesma génese confunde mesmo, não só a forma de escrever mas também de ler.
E depois, entre os motivos mais irracionais, como eu gosto de escrever todos aqueles c's e p's mudos (e parece que, desde que foram banidos, ainda gosto mais). Acho que dão imensa graça à nossa língua. Manias, talvez, mas assim é...
Posto isto, por motivos profissionais tive mesmo que adoptar o novo acordo sempre que eram produzidos documentos para o Estado. Mas numa fase inicial, apenas nessa ocasião. Com a preciosa ajuda (ainda que incompleta) dos corretores ortográficos.
Numa segunda fase, foi com convicção que decidi querer aprender este novo acordo, por causa da escolaridade dos miúdos. Há anos já que se ensina a ler segundo o novo acordo. Estas crianças e jovens conheceram sempre a jiboia e o Egito.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Cumprindo a tradição...
...as minhas estadias "forçadas" em casa têm sido por feliz coincidência acompanhadas da transmissão de grandes acontecimentos desportivos.
A baixa de maternidade do Futebolista foi a exceção. Durante a da Flaminga foi o Euro 2008 da Áustria-Suíça; a do Ursinho foi o Mundial da África do Sul e os Jogos Olímpicos de Pequim; agora (nesta necessariamente mais curta estadia) vamos ter a Copa América.
Menos mal!
A baixa de maternidade do Futebolista foi a exceção. Durante a da Flaminga foi o Euro 2008 da Áustria-Suíça; a do Ursinho foi o Mundial da África do Sul e os Jogos Olímpicos de Pequim; agora (nesta necessariamente mais curta estadia) vamos ter a Copa América.
Menos mal!
Deduções educação IRS ou as 1001 maneiras de aumentar impostos
Li há pouco tempo num artigo que em 2015 não serão dedutíveis despesas de educação de material escolar em geral (exceto os livros escolares) e de ATL (exceto se correspondentes a instituições que não cobram IVA).
Não percebo. Então não temos os cofres cheios? Não se sabe já que há alunos que deixam de estudar por motivos financeiros? Que o material escolar e ATL não são baratos e que são tão despesas de educação como quaisquer outras? Que existe já um tecto para despesas de educação pelo que o que poupará por aqui não deve ser muito significativo?
Que continuamos na cauda da Europa no que à literacia da população diz respeito?
Em que é que ficamos? Em véspera de eleições é bom mesmo que estes assuntos sejam discutidos e não dissimulados por escândalos desportivos e outros que tais.
Não percebo. Então não temos os cofres cheios? Não se sabe já que há alunos que deixam de estudar por motivos financeiros? Que o material escolar e ATL não são baratos e que são tão despesas de educação como quaisquer outras? Que existe já um tecto para despesas de educação pelo que o que poupará por aqui não deve ser muito significativo?
Que continuamos na cauda da Europa no que à literacia da população diz respeito?
Em que é que ficamos? Em véspera de eleições é bom mesmo que estes assuntos sejam discutidos e não dissimulados por escândalos desportivos e outros que tais.
Neste caso, o inferno...
... são elas. Refiro-me ao programa "Barca do inferno", que parece que foi abandonado em direto pela MM Guedes.
Só posso dizer que cada vez que lá passava em zapping a gritaria era tanta que nunca me ocorreu sequer ficar a ver.
É que assistir a peixeirada de livre vontade não, obrigada. Porque é que continuam a fazer programas assim, em que tudo se atropela e fala ao mesmo tempo?
Só posso dizer que cada vez que lá passava em zapping a gritaria era tanta que nunca me ocorreu sequer ficar a ver.
É que assistir a peixeirada de livre vontade não, obrigada. Porque é que continuam a fazer programas assim, em que tudo se atropela e fala ao mesmo tempo?
terça-feira, 9 de junho de 2015
E hoje serei...
... Costureira. Mas a experiência prévia também me diz que não estarei à beira da descoberta de uma nova vocação.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Masoquismo é...
... estar de repouso de perna elevada a assistir a uma prova de ciclismo na televisão.
sábado, 6 de junho de 2015
5
Há uns dias atrás comemorámos o 5º aniversário do ursinho.
Como já disse no passado a propósito dos manos mais velhos, tenho para mim os 5 anos como uma idade especial.
Acho que nessa idade já se aproveita muito a brincadeira e a companhia dos amigos, e já se tem cabecinha para apreciar tudo isso!
Por isso, ursinho, aproveita estes 5 anos até ao tutano, que são também, de alguma forma, a despedida da 1a infância.
É também o encerrar de um ciclo da minha vida. Já não tenho bebés. Claro que aos 3, 4 anos já não são propriamente bebés, mas penso que quem já assistiu a estas etapas de crescimento sabe o que estou a dizer.
Esta despedida da fase bebés faço-a sem mágoa e sem olhar para trás. Deixou-me muitas boas recordações, outras menos boas, mas sobretudo satisfeita por acompanhar as outras fases que estão aí e outras a chegar...
Como já disse no passado a propósito dos manos mais velhos, tenho para mim os 5 anos como uma idade especial.
Acho que nessa idade já se aproveita muito a brincadeira e a companhia dos amigos, e já se tem cabecinha para apreciar tudo isso!
Por isso, ursinho, aproveita estes 5 anos até ao tutano, que são também, de alguma forma, a despedida da 1a infância.
É também o encerrar de um ciclo da minha vida. Já não tenho bebés. Claro que aos 3, 4 anos já não são propriamente bebés, mas penso que quem já assistiu a estas etapas de crescimento sabe o que estou a dizer.
Esta despedida da fase bebés faço-a sem mágoa e sem olhar para trás. Deixou-me muitas boas recordações, outras menos boas, mas sobretudo satisfeita por acompanhar as outras fases que estão aí e outras a chegar...
Repouso forçado
Repouso forçado. Não é fácil para quem trabalha a 120 e tem uma vida caseira a 120.
De tanto correr nos meus dias a verdade é que quase deixei de ter hobbies, ou passatempos. É que o meu tempo passa tão rápido que não preciso de inventar coisas para que ele passe. As coisas que já existem é que transbordam o meu tempo.
E agora, repouso forçado. Reprogramar o cérebro para, ao invés de acelerar para acompanhar a passagem do tempo, sentir que ele passa agora dono de si e de mim, à velocidade que me vai impor.
Felizmente são só alguns dias. Mas parece que já foram semanas...
De tanto correr nos meus dias a verdade é que quase deixei de ter hobbies, ou passatempos. É que o meu tempo passa tão rápido que não preciso de inventar coisas para que ele passe. As coisas que já existem é que transbordam o meu tempo.
E agora, repouso forçado. Reprogramar o cérebro para, ao invés de acelerar para acompanhar a passagem do tempo, sentir que ele passa agora dono de si e de mim, à velocidade que me vai impor.
Felizmente são só alguns dias. Mas parece que já foram semanas...
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