A propósito de uma notícia do Público de hoje, de um estudo
disponível no Portal de Opinião Pública (POP), foi veiculado que os portugueses
se preocupam tanto como os suecos com que os filhos tenham boas maneiras mas,
por exemplo, são dos países que menos estimulam a imaginação das crianças.
Efectivamente, esta última conclusão não me espanta mesmo nada.
Ainda ontem ao analisar com o futebolista a sua folha de
avaliação intercalar do 2ª ano, questionei-o sobre as avaliações menos
conseguidas. Porquê apenas suficiente em Expressão artística?
-Ah, é que eu não pinto bem. Não pinto sempre para o mesmo
lado.
-Então mas em expressão artística tu só pintas?
-Sim, quase sempre. E também deixo espaços em branco.
Eu sei que o meu filho não deve ter nascido para as artes. E
que deve ter muito pouca paciência para as coisas saírem perfeitinhas. Sim, e
que deixar espaços em branco não augura uma boa pintura. Mas colorir ser a
actividade principal?
-Então e porque não tiveste Muito Bom a Estudo do Meio?
-Não sei, Matemática e Língua Portuguesa é mais giro. Agora
Estudo do Meio também vai ser giro, estamos a dar as plantas e depois vamos dar
os animais.
-Sim, também me parece que é giro! Podes aproveitar para
tentar chegar ao Muito Bom! Mas o que estavas a dar antes?
-Ah, demos as escolas, hospitais, as colectividades…
As colectividades??!! É preciso dizer mais? Então e que tal
dar antes planetas, descobertas espaciais, ecologia, ciência em geral, pronto,
entre outras questões cívicas que se justificam e até já falaram.
Mas colectividades??? (Revolve-se o meu pensamento tentando
que não me saísse a opinião disparada…)
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