-Ursinho, sabes o que é foot em inglês?
-Ele: É pé!
-E ball?
-Ele: É bola!
-E eye?
-Ele: É quando dói...
Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
sábado, 6 de agosto de 2016
Long time no see...
Tanto tempo sem cá vir... Será que ainda há leitores para além de mim própria?
Deveu-se a alguma inércia, alguma falta de paciência e/ou inspiração e, sobretudo, ao facto do smartphone me ter impedido o acesso ao meu blog, cujas razões ainda não descortinei!
De modo que estou limitada à escrita em portátil, que raramente está disponível.
Enfim, a ver se o problema se resolve e se consigo marcar presença mais assídua...
Deveu-se a alguma inércia, alguma falta de paciência e/ou inspiração e, sobretudo, ao facto do smartphone me ter impedido o acesso ao meu blog, cujas razões ainda não descortinei!
De modo que estou limitada à escrita em portátil, que raramente está disponível.
Enfim, a ver se o problema se resolve e se consigo marcar presença mais assídua...
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Viagem relâmpago a Armamar
Armamar é uma despretensiosa varanda para o Douro cujo panorama vale bem a pena conhecer. Entre os retratos desta viagem figuram uma verde vertente de medronhais e carvalhos, os riscos dos pingos de chuva inclementes no vidro do carro e uma bola quentinha acabada de fazer que há-de perdurar na memória.
domingo, 10 de abril de 2016
Momentos XLII
-Onde vive o urso polar?
Ursinho:-No Pólo norte!
-E onde vive o macaco?
Ursinho:-No jardim zoológico!
Ursinho:-No Pólo norte!
-E onde vive o macaco?
Ursinho:-No jardim zoológico!
domingo, 13 de março de 2016
Como a realidade nos consegue surpreender
Da primeira vez que pousei os olhos no candidato Trump achei que estava perante o palhaço das presidenciais americanas. Do tipo de palhaço que diz coisas tão mirabolantes que é difícil pensar que estás sejam puramente espontâneas. Quero dizer, puramente nunca seriam. Mas um bocadinho, vá.
Mas com o passar do tempo se viu como muita gente afinal se revê na palhaçada.
Aquele país é um mistério.
Venha um qualquer democrata. Um que o vença. Têm demasiada influência em todo o mundo para se poderem dar ao luxo de serem governados por um palhaço.
Mas com o passar do tempo se viu como muita gente afinal se revê na palhaçada.
Aquele país é um mistério.
Venha um qualquer democrata. Um que o vença. Têm demasiada influência em todo o mundo para se poderem dar ao luxo de serem governados por um palhaço.
Proporcionalidade direta
Entre o tempo que passo doente (ou a assistir a quem fica doente) e a minha progressão nas leituras.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Empanada no alto da serra
Fim de tarde de um dia intenso de trabalho de campo, frio e chuvoso.
Enfim tempo de regressar e descer do alto da serra até casa.
A condutora dá à chave e... nada. E de novo nada. E nada. Nada de nada.
Escurecendo. Chovendo. Telemóveis a funcionar. Anoitece. Confusões com a assistência em viagem.
Decisão de ir de táxi para casa. Encontramos o provável único táxi no raio de vários km.
Descemos até ao alcatrão a pé, segurando com força no guarda chuva para evitar a chuva fria. Passadas rápidas na gravilha para não perdermos a boleia.
Por fim, um taxista muito simpático leva-nos até casa. E dá-nos um precioso contacto de um mecânico, que no dia seguinte se revelaria muito útil!
Dois dias depois de volta, com histórias para contar.
Enfim tempo de regressar e descer do alto da serra até casa.
A condutora dá à chave e... nada. E de novo nada. E nada. Nada de nada.
Escurecendo. Chovendo. Telemóveis a funcionar. Anoitece. Confusões com a assistência em viagem.
Decisão de ir de táxi para casa. Encontramos o provável único táxi no raio de vários km.
Descemos até ao alcatrão a pé, segurando com força no guarda chuva para evitar a chuva fria. Passadas rápidas na gravilha para não perdermos a boleia.
Por fim, um taxista muito simpático leva-nos até casa. E dá-nos um precioso contacto de um mecânico, que no dia seguinte se revelaria muito útil!
Dois dias depois de volta, com histórias para contar.
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Such a perfect morning
Hoje o Han Solo presenteou-me com um livro, por sinal um que queria ler já há um tempo.
Não ligo nenhuma ao dia dos namorados (nem ele, na realidade) e desta vez não tinha nada para ele...
Fui nadar à piscina, numa manhã tempestuosa. Que bem que me soube...
Depois passei no supermercado para trazer uns petiscos fora do normal para alinhar também nalgum tipo de comemoração do dia.
Não ligo nenhuma ao dia dos namorados (nem ele, na realidade) e desta vez não tinha nada para ele...
Fui nadar à piscina, numa manhã tempestuosa. Que bem que me soube...
Depois passei no supermercado para trazer uns petiscos fora do normal para alinhar também nalgum tipo de comemoração do dia.
domingo, 31 de janeiro de 2016
Ao sábado sou taxista
De manhã levo o futebolista para o jogo; três horas depois trago-o de volta; passado algum tempo levo-o à natação; volto e um bocado depois vou apanhar a flaminga a uma festa; trago também dois amigos e levo-os a casa; e, enfim, regresso então à minha toca.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Momentos XLI
Ursinho, revoltado por ver que o irmão não tinha aulas:
-Mas porque é que eu não tive greve?
-Mas porque é que eu não tive greve?
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Changes
Ainda a ouvir muito Bowie, é inevitável refletir sobre uma tema indissociável do mesmo, a mudança.
Há poucos dias li que, embora lhe chamem camaleão, ele seria precisamente o contrario: em vez de se mimetizar com a envolvencia, as suas mudanças destacavam-no precisamente da envolvencia. E foi por isso que foi pioneiro em tanta coisa e por isso também que marcou tanto o mundo da música.
Mas sobre as mudanças: nós, a maioria das pessoas, e eu também, instintivamente tendemos a evitá-las. Porquê? Resume-se tudo a medo do desconhecido? Poupança de energia? Não vi até hoje nenhuma justificação convincente.
Tenho a profunda convicção de que a mudança é absolutamente essencial, a todos os níveis, para podermos evoluir. Ok, não soa a grande novidade. Talvez não. Mas penso e tento incutir naquilo que penso e faço, em coisas pequenas e grandes, que devemos mesmo forçar a mudança.
Mesmo quando nos sentimos confortáveis com determinadas práticas (ou teorias), a sua alteração, a tempos, traz-nos ums frescura que nos permite ampliar perspetivas, de outra forma impossível. Mudar de cores, mudar de tipo de livro e música que lemos e ouvimos, mudar de percursos, de lugar de férias, de corte de cabelo, de pessoas que ouvimos. De prisma de avaliar os assuntos, de pressupostos, de discurso, de comida, de tanta e tanta coisa. Apesar da primeira reação de negação há aqui uma tentação irresistível e na maioria das vezes, positiva.
Mesmo quando nos parece que uma mudança pode ser para pior, penso que mesmo assim em boa parte das vezes, vale a pena: uma mudança desencadeia ação e reação... Ao contrário da inação.
Os artistas que se deixam ficar na sua área de conforto deixam de se superar. E nós também. Cha-cha-cha-changeeeess!!
Há poucos dias li que, embora lhe chamem camaleão, ele seria precisamente o contrario: em vez de se mimetizar com a envolvencia, as suas mudanças destacavam-no precisamente da envolvencia. E foi por isso que foi pioneiro em tanta coisa e por isso também que marcou tanto o mundo da música.
Mas sobre as mudanças: nós, a maioria das pessoas, e eu também, instintivamente tendemos a evitá-las. Porquê? Resume-se tudo a medo do desconhecido? Poupança de energia? Não vi até hoje nenhuma justificação convincente.
Tenho a profunda convicção de que a mudança é absolutamente essencial, a todos os níveis, para podermos evoluir. Ok, não soa a grande novidade. Talvez não. Mas penso e tento incutir naquilo que penso e faço, em coisas pequenas e grandes, que devemos mesmo forçar a mudança.
Mesmo quando nos sentimos confortáveis com determinadas práticas (ou teorias), a sua alteração, a tempos, traz-nos ums frescura que nos permite ampliar perspetivas, de outra forma impossível. Mudar de cores, mudar de tipo de livro e música que lemos e ouvimos, mudar de percursos, de lugar de férias, de corte de cabelo, de pessoas que ouvimos. De prisma de avaliar os assuntos, de pressupostos, de discurso, de comida, de tanta e tanta coisa. Apesar da primeira reação de negação há aqui uma tentação irresistível e na maioria das vezes, positiva.
Mesmo quando nos parece que uma mudança pode ser para pior, penso que mesmo assim em boa parte das vezes, vale a pena: uma mudança desencadeia ação e reação... Ao contrário da inação.
Os artistas que se deixam ficar na sua área de conforto deixam de se superar. E nós também. Cha-cha-cha-changeeeess!!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Conversas
Urgência de um hospital. Horas de espera.
Uma idosa muito idosa era acompanhada por uma jovem invulgarmente carinhosa (familiar ou cuidadora?),que conversava com ela e lhe dava festas no cabelo. A velhinha muito pouco falava, ou o que falava não se percebia.
Jovem:-Vamos já para casa, está bem? E vamos comer a papa!
Velhinha:-Um copo de vinho é que era bom...
Uma idosa muito idosa era acompanhada por uma jovem invulgarmente carinhosa (familiar ou cuidadora?),que conversava com ela e lhe dava festas no cabelo. A velhinha muito pouco falava, ou o que falava não se percebia.
Jovem:-Vamos já para casa, está bem? E vamos comer a papa!
Velhinha:-Um copo de vinho é que era bom...
sábado, 16 de janeiro de 2016
RIP David Bowie
Não me recordo da morte de um artista me ter marcado tanto como a deste.
Um misto de pena, respeito e, de alguma forma, algum fascínio, pela forma como se manteve a trabalhar e partilhou a sua morte anunciada no seu último álbum.
Não sou uma fã - no sentido fanático do termo. Nessa perspetiva não me considero fã de ninguém, aliás. Mas a sua música diz-me muito e era sem dúvida um dos músicos que atualmente mais apreciava.
Retrospetivamente reparo que a música dele nunca me deixou indiferente: numa altura em que não ligava ainda muito à música, e se calhar sem saber dizer se gostava, o Let's dance ficou-me no ouvido. E depois, lentamente, e ao longo de anos mais recentes, fui pouco a pouco começando a apreciar muitas das suas músicas.
De tal forma que a sua música se tornou companhia muito assídua enquanto trabalho, não passando uma semana sem a ouvir.
Estava curiosa para ouvir o último álbum e com muita vontade de o fazer.
O que dizer mais? Acredito profundamente que sim, que podemos ser heróis mesmo que só por um dia.
Um misto de pena, respeito e, de alguma forma, algum fascínio, pela forma como se manteve a trabalhar e partilhou a sua morte anunciada no seu último álbum.
Não sou uma fã - no sentido fanático do termo. Nessa perspetiva não me considero fã de ninguém, aliás. Mas a sua música diz-me muito e era sem dúvida um dos músicos que atualmente mais apreciava.
Retrospetivamente reparo que a música dele nunca me deixou indiferente: numa altura em que não ligava ainda muito à música, e se calhar sem saber dizer se gostava, o Let's dance ficou-me no ouvido. E depois, lentamente, e ao longo de anos mais recentes, fui pouco a pouco começando a apreciar muitas das suas músicas.
De tal forma que a sua música se tornou companhia muito assídua enquanto trabalho, não passando uma semana sem a ouvir.
Estava curiosa para ouvir o último álbum e com muita vontade de o fazer.
O que dizer mais? Acredito profundamente que sim, que podemos ser heróis mesmo que só por um dia.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Frases de Agatha Christie II
"As life goes on it becomes tiring to keep up the character you invented for yourself,and so you relapse into individuality and become more like yourself everyday"
Dá que pensar...
Dá que pensar...
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
E hoje foi assim
140 gamos, umas dezenas de veados, uma cerva que se aproximou a pontos de esfregar a cabeça no capot do carro, uma raposa próxima em pleno dia, um perna-verde, várias ochropus,uma narceja e um guarda-rios a pescar todos no mesmo pequeno charco, mais umas poucas dezenas de grifos and so on... Assim até chuva e frio valem a pena!
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