Fim de tarde de um dia intenso de trabalho de campo, frio e chuvoso.
Enfim tempo de regressar e descer do alto da serra até casa.
A condutora dá à chave e... nada. E de novo nada. E nada. Nada de nada.
Escurecendo. Chovendo. Telemóveis a funcionar. Anoitece. Confusões com a assistência em viagem.
Decisão de ir de táxi para casa. Encontramos o provável único táxi no raio de vários km.
Descemos até ao alcatrão a pé, segurando com força no guarda chuva para evitar a chuva fria. Passadas rápidas na gravilha para não perdermos a boleia.
Por fim, um taxista muito simpático leva-nos até casa. E dá-nos um precioso contacto de um mecânico, que no dia seguinte se revelaria muito útil!
Dois dias depois de volta, com histórias para contar.
Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
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