Uma viagem programada só se torna verdadeiramente real
quando alguma coisa acontece. Quando se faz uma reserva, quando se tem um
bilhete na mão… Aí começa-se a antecipar, cresce uma excitação interior… que o
mais certo é arrefecer até à hora da partida.
Mas há quem não partilhe desta “falsa partida”. Será verdade
que para alguns o planeamento da viagem é quase (ou mais!) excitante que a
própria viagem? E a que nível deverá ir esse planeamento? Se é certo que o
sabor da aventura de ir sem grandes planos é tentador, andar ao serão de local
em local à procura de dormida não tem grande romantismo, pelo menos no momento…
A preparação da viagem será responsável por algumas
decepções? A idealização daquilo que vamos ver pode não corresponder à
realidade. Um pouco como ver o filme depois de ler o livro… geralmente
desilude. Será que a imagem que fazemos na nossa cabeça é sempre mais perfeita
do que aquilo que nos espera?
Não costumo idealizar viagens – por manifesta falta de tempo
não tenho tempo de estudar o que quero ver (nem mesmo para pensar no assunto,
na realidade), excepto a partir do momento de entrada no meio de transporte que
me levará ao local. Assim, o espírito vai aberto. O que tem vantagens e
desvantagens, obviamente.
Que outras experiências haverá entre outros viajantes?
Quando começa a viagem afinal – no momento do “embarque”? No momento do
primeiro pagamento? Ou do primeiro planeamento? E planear, estudar o que se vai
ver? Muito, pouco… ou nada?
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