Cá em casa as máscaras duram, e duram...
Da minha parte, óptimo, que nunca fui de máscaras elaboradas e acho até muito mais graça ao improviso do que aos fatos comprados acabados e perfeitos.
Mas pelo menos da parte do futebolista e da flaminga ficam mesmo satisfeitos é de se mascararem do mesmo anos a fio. O futebolista deve ter-se mascarado de homem-aranha uns três anos, de Darth Vader um, e agora já vai no segundo ano de Harry Potter. De notar que a capa de Darth Vader é uma capa de Zorro que se metamorfoseou depois em capa de Harry Potter, que agora lhe deve dar acima dos joelhos.
Quanto à flaminga, já não estou bem certa, mas penso que só teve ainda uma máscara, de princesa, e este deve ser o terceiro ano com a mesma vestimenta. Como a saia era comprida, tive nos primeiros anos que a dobrar na cintura. Agora já não é preciso, ficando apenas levemente a arrastar pelo chão. É A sua máscara de Carnaval.
Convencional não parece jogar con Carnaval... Mas cá em casa joga!
Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
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