Ainda não é desta que me bate a nostalgia da idade. Pelo menos a nostalgia triste que por vezes vejo noutros aniversariantes.
Se as coisas mudam com o tempo? Mudam, sim, mas por enquanto ainda vou achando que o que não é melhor nem pior é diferente e que algo de bom tem sempre trazido.
Estou a gostar desta etapa de amadurecimento, em todo o caso. E como costumo dizer, os nativos de dezembro têm 11 meses para se habituar à ideia de somar mais um ano, de modo que quando cá chegamos... é trivial.
Venham os 39.
Viagens pelo mundo, por Portugal, pela rua. Viagens por terras desconhecidas e viagens interiores, viagens na ponta dos dedos através de teclas ou folhas de papel. Pois se o que importa não é o destino mas a viagem, e o que é a vida senão uma grande viagem...
Viajar! Perder países!
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
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