Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

sábado, 12 de outubro de 2013

Recompensas

A vida de estudante tinha um aspecto muito tranquilizador comparada com a vida profissional ou mesmo outras vertentes da vida: uma forma muito clara de medir se as coisas estavam a correr bem ou não. Se corriam bem, as classificações eram boas; se corriam mal, eram más. Com algumas excepções como em tudo na vida, claro.
Na vida profissional e pessoal não existem medidores tão óbvios, ou nalguns casos não existem de todo. É uma espécie de navegação por instinto, sem bússola nem GPS. De vez em quando recebem-se gratos sinais, tema já abordado num post anterior.

Custa um bocado fazer uso da autoridade, mas sou daquelas que acredita que há alturas em que é essencial fazê-lo. Só poderemos ser exigentes com nós próprios (e com os outros) se forem exigentes connosco também. Claro que o balanço não é fácil e as dúvidas perseguem-nos incessantemente.

Fico feliz e muito aliviada sempre que vejo que esta persistência dá frutos. Sobretudo quando acompanhada da felicidade genuína de um filho ao transmitir que tinha cumprido. Não só por saber que assim faria a mãe feliz - mas essencialmente por perceber que é capaz de concretizar o que até aí não tinha sido.

1 comentário:

  1. Ora eu só te sigo a ti! :)
    Não preciso dos posts no FB para vir aqui cuscar.
    Mesmo que não te seguisse, como tenho o teu link no meu blog, aperceber-me-ia de novos posts.
    Nem sempre partilho os meus posts no FB. E, quando partilho, nunca é para todos...
    (Sou uma utilizadora habitual das listas de privacidade no FB. Mas tu és das que vê tudo.)

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